Parágrafo 2641

2641. «Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos inspirados; cantai e louvai ao Senhor no vosso coração» (Ef 5, 19) (118). Tal como os escritores inspirados do Novo Testamento, as primeiras comunidades cristãs relêem o livro dos Salmos, cantando neles o mistério de Cristo. Na novidade do Espírito, compõem também hinos e cânticos a partir do acontecimento inaudito…

Parágrafo 2642

2642. A revelação «do que deve acontecer em breve», que é o Apocalipse, apoia-se nos cânticos da liturgia celeste (121), mas também na intercessão das «testemunhas» (isto é, dos mártires) (122). Os profetas e os santos, todos os que na terra foram mortos por causa do testemunho dado por Jesus (123), a multidão imensa daqueles que,…

Parágrafo 2643

2643. A Eucaristia contém e exprime todas as formas de oração: é «a oblação pura» de todo o corpo de Cristo «para glória do seu nome» (126); é, segundo as tradições do Oriente e do Ocidente, «o sacrifício de louvor».

Parágrafo 2644

2644. O Espírito Santo, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, também a educa para a vida de oração, suscitando expressões que se renovam no âmbito de formas permanentes: bênção, petição, intercessão, acção de graças e louvor.

Parágrafo 2645

2645. É porque Deus o abençoa, que o coração do homem pode, retribuindo, bendizer Aquele que é a fonte de toda a bênção.

Parágrafo 2646

2646. A oração de petição tem por objecto o perdão, a busca do Reino, bem como qualquer necessidade verdadeira.

Parágrafo 2647

2647. A oração de intercessão consiste numa petição em favor de outrem. Não conhece fronteiras e estende-se até aos inimigos.

Parágrafo 2648

2648. Toda a alegria e todo o sofrimento, todo o acontecimento e toda a necessidade podem ser matéria da acção de graças, a qual, participando na de Cristo, deve encher a vida toda: «Dai graças em todas as circunstâncias» (1 Ts 5, 18).

Parágrafo 2649

2649. A oração de louvor, totalmente desinteressada, dirige-se a Deus: canta-O por Si próprio, glorifica-O, não tanto pelo que Ele faz, mas sobretudo porque ELE É.

Parágrafo 2650

2650. A oração não se reduz ao brotar espontâneo dum impulso interior: para orar, é preciso querer. Tão-pouco basta saber o que a Escritura revela sobre a oração: é preciso também aprender a rezar. Ora, é através duma transmissão viva (a Tradição sagrada), que o Espírito Santo, na «Igreja crente e orante» (1), ensina os filhos…