Parágrafo 40

40. Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.

Parágrafo 41

41. Todas as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) refletem, pois, a perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das perfeições das suas…

Parágrafo 46

46. Quando escuta a mensagem das criaturas e a voz da sua consciência, o homem pode alcançar a certeza da existência de Deus, causa e fim de tudo.

Parágrafo 48

48. Nós podemos realmente falar de Deus partindo das múltiplas perfeições das criaturas, semelhanças de Deus infinitamente perfeito, ainda que a nossa linguagem limitada não consiga esgotar o mistério.

Parágrafo 213

213. A revelação do nome inefável «Eu sou Aquele que sou» encerra, portanto, a verdade que só Deus «É». Foi nesse sentido que já a tradução dos Setenta e, na sua sequência, a Tradição da Igreja. compreenderam o nome divino: Deus é a plenitude do Ser e de toda a perfeição, sem princípio nem fim. Enquanto…

Parágrafo 258

258. Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Assim como não tem senão uma e a mesma natureza, a Trindade não tem senão uma e a mesma operação (76). «O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio» (77). No entanto, cada pessoa…

Parágrafo 260

260. O fim último de toda a economia divina é o acesso das criaturas à unidade perfeita da bem-aventurada Trindade (82). Mas já desde agora nós somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: «Quem me tem amor, diz o Senhor, porá em prática as minhas palavras. Meu Pai amá-lo-á; Nós viremos a ele e faremos…

Parágrafo 293

293. É uma verdade fundamental, que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: «O mundo foi criado para glória de Deus» (118). Deus criou todas as coisas, explica São Boaventura, «non propter gloriam augendam, sed propter gloriam manifestandam et propter gloriam suam communicandam – Não para aumentar a Sua glória, mas para a…

Parágrafo 295

295 Acreditamos que Deus criou o mundo segundo a sua sabedoria (124). O mundo não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso. Acreditamos que ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade: «porque Vós criastes todas as…

Parágrafo 300

300. Deus é infinitamente maior do que todas as suas obras (136): «A vossa majestade está acima dos céus» (Sl 8, 2), «insondável é a sua grandeza» (Sl 145, 3). Mas, porque Ele é o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo quanto existe, está presente no mais íntimo das suas criaturas: «É n’Ele que vivemos, nos…